quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um Porto quanto baste e um Falcao europeu...

Fucile é um tremendo jogador. É deste modo curioso e com este apontamento que começo a resenha do pós-jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Atlético de Madrid.
Convenhamos que o Porto esteve longe do brilhantismo e do domínio avassalador que caracterizaram as duas mãos da 1ª Eliminatória da Champions da transacta época. Desta vez o Atlético, de um Abel Resino quase a cair em desgraça na Liga Espanhola, tinha a lição (semi)bem estudada, com um meio campo reforçado, que revelou, a espaços, boas movimentações do esférico. Jurado, Forlán e Aguero foram os protagonistas naturais. 
O público do Dragão é sempre um cliente fiel, mas dado o seu estatuto exige uma qualidade de jogo em constante lapidação e melhoramento. Durante 76 minutos, assistimos a uma exibição pálida dos dragões, onde Tomás Costa se figurou como o elemento novo no onze portista, no lugar de Fernando, expulso em Stamford Bridge.
Meireles está em péssima forma, falta-lhe a dinâmica necessária nas transições e a sua classe e talento natural no desenho das jogadas. Contudo tem um momento sublime, um passe em diagonal, que desmarca Hulk na assistência para o golo de Falcao. O 16 portista deveria ter jogado a trinco, logo de inicio. Na minha modesta opinião, Guarín trouxe compressão à equipa, libertando Meireles para zonas mais recuadas e assistindo na cobrança do canto do 2o golo, numa fase em que um Atlético moribundo, não resistiu a esta alteração táctica, bem conseguida, no xadrez azul e branco.
O meu destaque vai Fucile, que está numa forma soberba, anulando facilmente Simão, que foi acariciado com os "mimos" da plateia do Dragão, partilhando-os com o pesetero, Paulo Assunção.
Falcao é uma surpresa que, semana após semana, me convence pela simplicidade de processos de um ponta de lança puro, elegante e, acima de tudo, letal.
O minuto 76 ilustra a qualidade de um matador com todos os requisitos para a mais exigente competição de clubes do mundo, que abriu caminho para a primeira vitória na fase de grupos da Champions para o Futebol Clube do Porto. Um deja vú de 1987, do saudoso Rabah Madjer, descubram as semelhanças...


sábado, 26 de setembro de 2009

Xutos & Pontapés: 30 anos do mais puro rock português

Estes "jovens", sim porque cada dia que passa parecem rejuvenescer, continuam a marcar gerações.
Lembro, saudosamente, os dias da minha infância a cantarolar esse hino que é "O Homem do Leme".
Hoje festejam essa honrosa data de 30 anos de carreira, num gigante concerto em Belém.
Presto o meu tributo a Tim, Zé Pedro, Kálu, João Cabeleira e Gil, venham mais anos de épicas canções!

"Não há coincidências..."


Vou alterar a lógica natural deste post, numa análise breve aos acontecimentos do Porto-Sporting, começando pelo fim.
Paulo Bento disse, e bem, "não há coincidências...", isto porque no futebol português "chover no molhado" é prática corrente, no que toca a arbitragens, e Vítor Pereira voltou a evidenciar uma coerência duvidosa com a nomeação de Duarte Gomes para apitar o primeiro clássico da Liga Sagres.
Ora, como é de domínio público, Duarte Gomes viu-se envolvido, à bem pouco tempo, num processo disciplinar devido a um incidente que envolvera o árbitro de Lisboa e o treinador de guarda redes do Sporting, Ricardo Peres. Numa situação como esta, este seria o joker a evitar num naipe riquíssimo de juízes portugueses. Mas não, e nesse sentido a proeza de Vítor Pereira tem de ser comentada.
O jogo do Dragão pendeu para a equipa da casa, num belo golpe de cabeça da nova coqueluche do Porto, Radamel Falcão. Mas cedo se percebera que a figura do jogo não vestia nem de verde, nem de azul, mas sim de amarelo... Duarte Gomes cedo exibiu um critério largo, com decisões no mínimo duvidosas. A este propósito revelo uma conversação paralela, com um amigo próximo, no intervalo do jogo: "Meireles nestes 45min já devia ter sido expulso". Sou da barricada azul, conquanto isso não me retira sensatez e imparcialidade na análise dos lances da equipa contrária. A falta de Polga (que lhe valeu o primeiro amarelo) e a de Bruno Alves sobre o capitão leonino, mostram o quão exagerado e absurdo foi o critério de Duarte Gomes. O mesmo se poderá aplicar à falta de Veloso, onde lhe foi amolestado o primeiro amarelo que contribui para a acumulação do segundo, e a consequente expulsão.
No fundo, há uma reflexão geral a ser feita no mundo da arbitragem portuguesa, episódios destes em nada dignificam a imagem do futebol português, agastado com Apito´s Dourados, Caso´s Mateus, Frutas e afins. Vítor Pereira pontifica-se como o responsavél máximo dos juízes portugueses, o melhor arbitro de sempre português, na minha opinião, não está a revelar "estofo" nas suas novas tarefas de nomeação de árbitros. Pede-se coragem, transparência e frontalidade, ao invés de "cobardia" como referiu Paulo Bento no rescaldo do jogo no Dragão.
Pese embora os incidentes relatados, a justiça final no marcador em nada ficou beliscada. A vitória do Porto foi inteiramente justa pelo futebol jogado dentro das quatros linhas.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ronaldo, Ibrahimovic e... Messi


Uma corrida estonteante! Tem sido assim o inicio de época na Liga Espanhola destes três talentos de classe mundial.
4 golos em 4 jogos com a camisola blaugrana, é o saldo de Ibrahimovic no ano de estreia na Liga Espanhola.
Cristiano Ronaldo começa também a fazer história no Real Madrid, ao registar 5 tentos em 4 partidas, um registo que nenhum antigo jogador merengue atingira até o dia de hoje.
Todavia há Lionel Messi, com 5 golos em 4 jogos, que continua a brindar-nos com um futebol de rasgo genial único. Mas se o sueco e o português são de outro mundo, este último é de outra galáxia...

Escutas em Belém e Ética Jornalistica


Este é, certamente, um caso que irá fazer correr muita tinta (mais do que já o faz) no panorama nacional. E com uma grande carga adicional: a sua abrangência, ou melhor a sua multiplicidade de abordagens possíveis.
Uma das questões que mais me intrigam neste fait-diver é o seu timing. Perfeito para uns, menos bom para outros. Há claramente dois corpos políticos envolvidos neste engodo típico de uma novela mexicana: o Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva afecto ao PSD, e o Governo actual, do Partido Socialista.
A meu ver há questões bastante graves aqui encobertas. Num ambiente de asfixia democrática, de usofruto velado, ou não, de alguns órgãos de comunicação social, dois dos grandes jornais diários portugueses desmontam, em vagas sucessivas, a ética jornalística.
Vamos por partes.
O Público, numa declaração proveniente do seu Conselho de Redacção, falou num "atropelo de ética e deontologia jornalísticas", e contestou vivamente o artigo publicado no DN "Assessor do Presidente encomendou o caso das escutas". Porém, há uma face oculta que este jornal parece querer ocultar, haverá um lobby político por detrás do Público? Ou terá sido mera coincidência a sua "instrumentalização" por Fernando Lima? E por outro lado, como terá tido o DN a tão top secret files do seu homónimo concorrente? O estatuto editorial, na minha opinião, claudicou no que se impõe à isenção na produção jornalística. O mesmo se pode argumentar em relação ao Diário de Noticias, pela sua fraca conduta, pouca objectividade de propósitos e investigação nula neste caso tão melindroso:
Obviamente, o main line do DN, do dia 18 de Setembro, não é fruto de um maturado e estruturado estudo jornalístico, limitando-se à colagem de um e-mail interno do Público, que lhe fora fornecido por uma fonte ainda por averiguar. Ora logo por aqui se vê a gritante incompetência e má fé jornalística dado que as fontes não foram sustentadas pela sua genuidade ou carácter inequivoco, nem dando sequer hipóteses de as partes envolvidas se pronunciarem. 
Há claramente intenções políticas no pano de fundo. Pacheco Pereira mostrou-se claramente incomodado com a situação, confrontando o possível cenário de favorecimento do PS nas Legislativas do próximo domingo. Pinto Balsemão crê exactamente no contrário, curiosamente. Sócrates e Ferreira Leite, por sua vez, recusaram esmiuçar o caso, e seguem as suas caravanas tentando transparecer a tranquilidade possível. Resta-nos saber quais as consequências do estrondo que irá protagonizar a demissão do "braço direito" de Cavaco Silva desde 1985.
Dia 27 saberemos as consequências deste abalo em Belém. Iria mais longe, estou muito curioso para perceber até que ponto ficará "beliscada" a imagem de um presidente já um pouco contestado, sobretudo após a teatralidade com o estatuto dos Açores. A seguir atentamente.

domingo, 20 de setembro de 2009

The Beatles Remastered: o Stereo chega a Abbey Road

Para os aficionados desta grandiosa banda chega uma obra prima, para uns, a destruição de um mito, para outros. The Beatles Remastered in Stereo é uma colectânea dos álbuns da banda inglesa mais conhecida de todos os tempos.
A questão que se coloca é: amar os Beatles pela sua música plena de sonoridade da década de 50/60, ou disfrutar versões "cristalizadas", com cheirinho a estúdio de vanguarda?
Tendo em conta o consumo massivo de música informatizada, de boa parte da população planetária, e a colecção em questão custar cerca de 130euros, esta remistura não abre grandes possibilidades de compra aos fans menos abastados. A este propósito temos outras dilemas como a oposição entre o a conceptualização de música e som. Reflexões destas deixo para os especialistas. Vejamos então uma faixa desta colectânea que relata o amor no seu literal estado mais puro: "All My Loving".







sábado, 19 de setembro de 2009

Sinal de Alarme?


  
Duas derrotas averbadas em outros tantos jogos, não é sinal de normalidade no reino do Dragão.
Façamos algumas reflexões.
A primeira derrota, registada contra o Chelsea, abriu um ciclo infernal de jogos que o FC Porto  terá nas próximas semanas. Apesar do amargo de boca da derrota, o Porto brindou-nos com uma exibição bastante aceitavél e moralizadora. Até chegarmos ao Municipal de Braga...
Num estádio com um ambiente fantástico, o Porto apresentou-se com um onze já prevísivel e com uma aliciante pouco habitual, a reconquista da liderança da tabela classificativa. Guarín, após uma exibição muito consistente contra o meio campo de pesos pesados do Chelsea a meio da semana, foi merecedor de um lugar cativo no trio do meio campo portista. A derrota não começou por aí. Pessoalmente, foi mais do mesmo, ou seja, um inicio de época com muito pouco fulgor de Raul Meireles e, sobretudo, o Incrível Hulk que tem sido tudo menos Incrível. Num jogo onde se pedia lucidez na definição do último passe, Jesualdo voltou a surpreender pela negativa, ao nem sequer colocar Bellushi em campo, onde este com um passe de morte ou um remate espontâneo poderia ter resolvido o jogo.
Num futebol previsível, sem criatividade ou velocidade na execução, o Porto claudicou frente a um Braga pragmático, que havia de marca num lance feliz de Alan, que após um cruzamento vê a bola rechaçar em Varela e acabar nas redes de Hélton.
A gestão para esta série terrível de jogos tem de ser mais bem feita, e a recuperação animica e física de jogadores com Meireles ou Hulk é crucial para a senda vitoriosa da equipa, mais ainda quando os próximos adversários se chamam Sporting e Atl. de Madrid.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Blog- ó- dependentes: Bem Vindos a bordo!

Confesso que as minhas primeiras impressões sobre o mundo dos blogues me custaram expressões de desdém sobre este novo mundo cibernético. Contudo, rendi-me às evidências. Esta espécie de diário online concebe uma nova realidade, a da comunicação sem fronteiras, sem limites ou asfixias democráticas.
Política, desporto, com especial ênfase no desporto-rei, cultura, jornalismo, novos media e temas globais de um mundo actual e globalizado serão o pano de fundo do Midnight Telegraph.


Um bem haja a todos!