Aos 7minutos de jogo Hugo Viana já tinha justificado o preço (para lá de exorbitante) dos bilhetes que os amantes de futebol pagaram para ver o escaldante jogo de líderes, Sp Braga - SLB. Um golão de livre directo, num remate potente, com conta, peso e medida, que entrou no ângulo da baliza de um atónito Quim.
Como já tinha escrito no Midnight Telegraph recentemente, este Braga provou que o Benfica não é invencível, e mais, devolveu à terra milhões de encarnados que pensavam numa época sem parelha de opositores.
O segredo deste Braga passou por um meio campo super personalizado, com Vandinho, Mossoró e Hugo Viana a pontificarem exibições de alto nível. A posse de bola e a circulação fluída foi o segredo para baralhar o Benfica, sem Jesus a conseguir qualquer antídoto sagrado.
Tristes foram os episódios registados ao intervalo, no túnel de acesso aos balneários, com cenas pouco dignificantes e pouco condizentes com o bom espectáculo que se viu em Braga. Leone e Cardozo acabaram expulsos, o que resultou numa 2ª parte aberta, onde o Benfica segurou as rédeas do jogo. Acabou derrotado com um golo de Paulo César, a sentenciar mais uma boa partida dos arsenalistas na Liga Sagres.
Obviamente, o Braga veio infirmar as suas credenciais de candidato ao título.
Jesus, no flash interview, disse que sempre considerou o Braga como candidato. Engraçado quando se tenta justificar vicissitudes da sua equipa com uma equipa que considera candidata, mas que, à bem pouco tempo, dizia que a equipa eliminada para a Liga Europa, pelo Elfsborg, não era o "seu Braga", retomando o tema semanas depois ao argumentar que a equipa de Domingos Paciência tinha o seu cunho pessoal, e onde a diferença se limitava à inclusão de Hugo Viana. E que diferença ele fez, Jesus que o diga no jogo do hoje.
O Braga está de parabéns, a Liga Sagres tem mais um candidato à conquista do título de campeão.